Consciente de que, sem a renovação das alíquotas do ICMS por mais dois anos, o Rio Grande do Sul corre o risco de ruptura na prestação de serviços essenciais, a Federasul entra em campo nesta segunda-feira para tentar convencer a Assembleia a aprovar o projeto que garante a receita e rejeitar os que aumentam despesas.
A presidente da Federasul, Simone Leite, vai se reunir com as bancadas. O primeiro encontro será às 10h, com o líder do governo, Gabriel Souza, e com o deputado Álvaro Boessio (MDB).
_ Às vezes, um bom acordo é melhor do que uma vitória insustentável. Não adianta reduzir de 18% pra 17% por apenas um ano se já sabemos hoje que o caos vai trazer a discussão de volta em novembro de 2019 e, talvez, de uma forma irremediável por mais anos de altos impostos. Preferimos um acordo de saneamento das finanças que reduza a despesa e a carga tributária com sacrifício por tempo definido _ diz Simone, referindo-se à posição histórica da entidade de não apoiar aumento de carga tributária e que foi flexibilizada para resgatar o desenvolvimento socioeconômico à médio prazo.
Na sexta-feira, quando esteve na Federasul, o governador eleito Eduardo Leite afirmou ter ficado “muito feliz” com a decisão da entidade de apoiar a manutenção das alíquotas do ICMS. Leite disse que quer “entrar no governo como pedreiro, para construir e não como bombeiro para apagar incêndio”.
Leite se comprometeu com as demandas da Federasul, de acelerar as concessões, as privatizações e o processo de desburocratização do Estado.