O programa NATURA MUSICAL divulgou na quinta-feira à noite os 25 artistas que vão protagonizar os projetos patrocinados pela marca no próximo ano. A festa foi no Bourbon Street Club, em São Paulo, e contou com a presença de personalidades do meio musical como o executivo de gravadora André Midani – um dos nomes mais importantes da indústria fonográfica brasileira dos anos 1960 aos 1990 –, o produtor Carlos Miranda e a cantora Fafá de Belém.
A iniciativa vai incentivar com R$ 4,6 milhões os escolhidos pelos editais nacional (R$ 1,8 milhão) e regionais: Bahia e Pará (R$ 1 milhão por Estado) e Rio Grande do Sul (R$ 800 mil). O edital nacional selecionou Anelis Assumpção, Hermeto Pascoal e Big Band, Johnny Hooker, Nina Becker, Paulo Miklos, Xênia França, Rubel e Sofia Freire – os dois últimos destacados pelo voto popular.
Já o edital para os gaúchos contemplou os novos trabalhos de Dingo Bells, Dom La Nena, Quinteto Persch (com a gravação do disco Chiquinho & Radamés) e Renato Borghetti e Yamandu Costa – que vão lançar um CD e um DVD registrando o encontro da dupla.
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EDITAL RIO GRANDE DO SUL
O folk rock na música brasileira e a tradição de grandes compositores gaúchos
> Dom La Nena – gravação de álbum, shows de lançamento em Porto Alegre e São Paulo.
Cantora, compositora e violoncelista, Dom La Nena teve formação clássica no Conservatório Superior de Paris e de Buenos Aires e, após concluir os estudos, enveredou para a música popular. Como violoncelista, participou de discos e turnês de Jane Birkin, Jeanne Moreau e Camille. Lançou seu primeiro álbum, "Ela", em 2013, e realizou cerca de 300 shows em salas e festivais internacionais, utilizando seu instrumento como um grande cavaquinho ou um violão de bossa nova, combinando sonoridades acústicas com ritmos de samba ou batuque com elementos clássicos. A mistura surpreendeu a crítica do The New York Times, Le Monde, El País e O Globo, mostrando que com um violoncelo não se pode interpretar só Bach ou Vivaldi, mas também Lupicinio, Caymmi ou Tom Waits.
O seu quinto disco, com canções inéditas e o título provisório "Outro Planeta", será apenas de voz e violão, produzido ao lado do técnico de som francês Maxime Le Guil, que trabalhou em discos do Radiohead e Morrisey. Participam do álbum Julieta Venegas e Jorge Drexler. O disco terá promoção em turnê internacional em parceria com o selo americano Six Degrees Records.
> Dingo Bells – gravação do segundo disco e shows em Porto Alegre, Santa Maria e São Paulo.
O trio formado por Rodrigo Fischmann (voz principal e bateria), Diogo Brochmann (voz, guitarra e teclado) e Felipe Kautz (voz e baixo) despontou no cenário nacional em 2015 com o álbum de estreia "Vida Moderna", misturando música brasileira, soul, folk e rock. Após brilhar no lineup do Lollapalooza e Planeta Atlântida neste ano, a banda parte para o segundo disco, buscando a consolidação de sua atuação nacional.
Se no disco de estreia as letras têm enfoque existencial, a proposta do segundo álbum sinaliza para uma reflexão sobre as relações pessoais, do eu com o outro, embora com a mesma sonoridade. Com produção musical de Marcelo Fruet e participações de Fabrício Gambogi (guitarra e arranjos para sopros) e do naipe de sopros formado por Renato Dall Ago (trompete), Gustavo Müller (saxofone) e Julio Rizzo (trombone).
> Renato Borghetti e Yamandu Costa – lançamento de CD e DVD de encontro histórico entre os dois artistas.
O projeto Borghetti e Yamandu é o registro de um encontro histórico entre dois dos mais importantes nomes da música instrumental feita no Brasil, ambos com presença internacional reconhecida, dupla forjada nos festivais nativistas do interior gaúcho.
Yamandu é um dos maiores virtuoses do violão brasileiro, explorando todas as possibilidades do violão de 7 cordas. Já Renato, com estilo único e a gaita-ponto, faz diferentes leituras de obras regionais.
Amigos de longa data, a gravação audiovisual em estúdio será um registro histórico das ideias artísticas dos dois grandes instrumentistas que transitam com igual facilidade, entre a cultura urbana e campeira do Rio Grande do Sul.
> Quinteto Persch – Chiquinho & Radamés – lançamento de CD-livro, com shows em Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo.
O álbum "Chiquinho & Radamés" é uma homenagem a dois gênios gaúchos que inovaram a música brasileira. O Quinteto Persch surgiu em 1999, com o objetivo de difundir o acordeão na música de câmara. É o único grupo no país com esta formação instrumental, inusitada no Brasil e no exterior.
O projeto pretende resgatar a trajetória de um dos nomes mais importantes da história do instrumento no Brasil, Chiquinho do Acordeom, enfatizando, sobretudo, suas colaborações com Radamés Gnattali, o mais representativo entre os compositores que o Rio Grande do Sul já produziu, junto com Lupicínio Rodrigues, ao mesmo tempo em que divulga o inovador trabalho do Quinteto Persch. O "Concerto para Acordeom" foi o primeiro concerto escrito para o instrumento no Brasil e foi composto por Radamés especialmente para Chiquinho. O livro a ser escrito pelo jornalista Arthur de Faria será a primeira biografia de Chiquinho a ser publicada e terá sua ênfase na longa parceria com Radamés Gnattali.