O evento que comemorou as três décadas da Companhia das Letras na última terça-feira, em São Paulo, reuniu ninguém menos do que os escritores Ian McEwan e David Grossman. Em um bate-papo comandado pelo editor Luiz Schwarcz, presidente da editora, os dois baitas compartilharam suas visões sobre a literatura – o britânico McEwan chegou a dizer que, ao ser procurado para dar conselhos para jovens autores, sugere que eles devam escrever como se os pais estivessem mortos.
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Em uma rodada em que cada um bolava perguntas para fazer ao outro, Grossman comentou que o humor tem o poder de tirar as pessoas da situação de vítimas. O israelense aproveitou também para perguntar a McEwan como os livros escritos por ele o afetaram enquanto ser humano – e ouviu uma otimista resposta:
– Cada vez mais (a escrita) me fez acreditar que o projeto humano merece sobreviver.
A festa da editora contou ainda com homenagens ao jornalista e biógrafo Ruy Castro e ao recluso escritor Raduan Nassar, além de leituras de trechos de Enclausurado, de McEwan, por Wagner Moura, e O inferno dos outros, de Grossman, por Denise Fraga, e pocket show de Adriana Calcanhotto.