Material suficiente para uma inesgotável quantidade de adaptações, a obra de William Shakespeare está atualmente no cinema com Macbeth (2015), dirigido por Justin Kurzel e estrelado por Michael Fassbender e Marion Cotillard. No mundo dos livros, a nova edição da tradução de Barbara Heliodora – com a capa do filme – já está em pré-venda. E para quem gosta do autor, a Contracapa selecionou algumas produções às quais vale a pena investir algum tempo nestas férias.
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Contam-se às centenas as adaptações cinematográficas da obra do dramaturgo inglês Shakespeare (1564 – 1616), talvez o autor mais levado às telas da história. Desde os primórdios do cinema, as principais peças do bardo de Stratford-upon-Avon têm sido filmadas.
O atormentado príncipe da Dinamarca que titubeia em vingar a morte do pai assassinado é dos personagens mais queridos dos atores. Entre os que já encarnaram Hamlet no cinema, estão desde intérpretes shakespearianos como Laurence Olivier (que era Sir) e Kenneth Branagh até astros hollywoodianos como Mel Gibson e Ethan Hawke. Olivier e Branagh também dirigiram e estrelaram o drama histórico mais popular de Shakespeare, Henrique V.
Já Romeu e Julieta, a mais conhecida história de amor do mundo, ganhou versões que vão da romântica visão rodada em 1968 por Franco Zeffirelli até o clima de musical moderninho que Baz Luhrmann imprimiu em 1996 à paixão impossível. A tragédia do ambicioso nobre escocês Macbeth já recebeu uma excelente transposição para o Japão medieval, feita por Akira Kurosawa em 1957, e uma adaptação sanguinolenta dirigida por Roman Polanski em 1971.
O americano Orson Welles também levou Macbeth para o cinema, assim como outro trágico protagonista criado por Shakespeare, Othello. O japonês Kurosawa também assina outra belíssima adaptação de Shakespeare: Ran (1985), baseado em Rei Lear. Em Uma Questão de Família (2001), o diretor inglês Don Boyd deslocou o universo shakespeariano para um ambiente inusitado. O Lear gângster tem o rosto do grande ator irlandês Richard Harris (1930 – 2002), em um de seus últimos e melhores papéis.
Mas nem tudo é desgraceira quando se trata do dramaturgo. Muito Barulho por Nada e A Megera Domada são deliciosas comédias românticas inspiradas pelo autor, enquanto Rosencrantz e Guilderstern Estão Mortos e Shakespeare Apaixonado divertem tematizando a obra e a época do mestre do teatro elizabetano.
CINEMATECA BÁSICA
Henrique V (1944), de Laurence Olivier
Othello (1952), de Orson Welles
A Megera Domada (1967), de Franco Zeffirelli
Romeu e Julieta (1968), de Franco Zeffirelli
Macbeth (1971), de Roman Polanski
Ran (1985), de Akira Kurosawa
Muito Barulho por Nada ( 1993), de Kenneth Branagh
Hamlet (1996), de Kenneth Branagh
Romeu + Julieta (1996), de Baz Luhrmann
Shakespeare Apaixonado (1999), de John Madden
Uma Questão de Família (2001), de Don Boyd