O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
Entre os anos de 1973 e 1985, o Uruguai viveu 12 anos de uma ditadura cívico-militar. Com aspectos de autoritarismo, violência contra seus cidadãos e censura, muitos moradores tiveram de se exilar e escolheram o Rio Grande do Sul como nova casa. Na próxima quarta-feira (25), uruguaios que residiam em Porto Alegre durante o exílio vão comemorar os 40 anos de criação da Casa da Amizade Brasileira-uruguaia.
O local, criado em 1984, foi uma das formas encontradas pelos expatriados de enfrentar e unir forças contra a ditadura uruguaia.
— Foi criado o espaço, por muitos anônimos e outros conhecidos, mas que servia como forma de resistência, afinando trabalhos principalmente com as cidade da fronteira. Aqui em Porto Alegre havia muitos uruguaios e alguns eram considerados “proscritos” pela ditadura, ou seja, não tinham direito à cidadania — explica um dos organizadores, Gustavo Mello, nascido em Rivera e que se mudou para o RS em 1962.
O evento, agendado para às 18h30min no Clube de Cultura, na Rua Ramiro Barcelos 1853, no bairro Bom Fim, contará com sarau, leituras acadêmicas e rodas de conversas sobre o assunto.
— Queremos reverenciar a memória da resistência democrática – completa.
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