Um navio especialista em resgate de submarinos e dois de apoio participam da operação de tentativa de resgate do submarino argentino ARA San Juan, que fez seu último contato com a base na quarta-feira. O equipamento transporta 44 marinheiros a bordo. O San Juan navegava entre o porto de Ushuaia e o Mar del Plata, 400 quilômetros ao sul de Buenos Aires, quando perdeu contato. Nesta segunda-feira, a marinha argentina anunciou que as sete tentativas de chamadas supostamente provenientes do submarino não se originaram da embarcação.
Abaixo, vídeo divulgado pela marinha argentina mostra as condições do mar, com ondas de seis metros no local das buscas.
A principal embarcação enviada pelo Brasil ao Atlântico Sul para apoio é o navio de socorro submarino Felinto Perry. Dos três, é o mais especializado, com apoio ao mergulho, combate a incêndio e resgate de equipamentos como o ARA San Juan. Há câmaras de descompressão, sino atmosférico, que permite a realização de resgates a profundidades superiores a 300 metros, baleeira com câmara hiperbárica e um veículo não-tripulado controlado remotamente para operações de até 600 metros. Conta ainda com plataforma para pouso de helicópteros e possui um guindaste. O navio deixou a base Almirante Castro e Silva, no Rio de Janeiro.
A embarcação se junta à fragata Rademaker, uma das quatro da classe Type 22 da Marinha do Brasil. Ela regressava ao Rio de Janeiro após uma operação com a Armada do Uruguai quando foi deslocada para o teatro de operações de resgate.
No domingo, o navio Almirante Maximiano, que voltava da Antártica, também chegou ao local. Parceiro do navio oceanográfico Ary Rongel no projeto Antártico, o Almirante Maximiano é uma embarcação de pesquisa.
A Força Aérea Brasileira (FAB) também enviou duas aeronaves ao Atlântico Sul, uma SC-105 Amazonas (busca e salvamento - SAR) e a P-3AM Orion (de patrulha).