Rodrigo Lopes

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Formado em Jornalismo pela UFRGS, tem mestrado em Ciência da Comunicação pela Unisinos e especialização em Jornalismo Ambiental pelo International Institute for Journalism (Berlim), em Jornalismo Literário pela Academia Brasileira de Jornalismo Literário, e em Estudos Estratégicos Internacionais pela UFRGS. Tem dois livros publicados. Como enviado do Grupo RBS, realizou mais de 30 coberturas internacionais. Foi correspondente em Brasília e, atualmente, escreve sobre política nacional e internacional.

Eleições americanas

Hillary admite desvantagem em pesquisa e faz apelo a eleitores

Campanha democrata fala sobre o crescimento de Trump na pesquisa, diz que "dessa vez ele não está mentindo" e pede mobilização de eleitores

Rodrigo Lopes - direto dos EUA

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A seis dias da eleição aqui nos Estados Unidos, a equipe de campanha de Hillary Clinton acusou o golpe da tarde anterior, quando veio a público a pesquisa da rede ABC/Washington Post, em que o rival, Donald Trump, aparece pela primeira vez desde maio à frente da democrata. É apenas um ponto percentual (46% a 45%), e está dentro da margem de erro de 2,5% pontos. Mais do que a pequena vantagem, o que fez acender o alerta vermelho no QG democrata é a sinalização da queda do entusiasmo entre eleitores de Hillary. Por isso, as caixas de e-mails de quem assina a newsletter da campanha amanheceram hoje com um apelo em que a própria Hillary se dirige aos internautas dizendo que "não gostaria de ver o Twitter de Trump ontem", em que ele anuncia vantagem na pesquisa. Em seguida, ela admite: "Donald Trump pode ser misógino, arrogante, misógeno, mas, dessa vez, ele não está mentindo: ontem, ele estava à nossa frente em uma pesquisa em particular pela primeira vez desde maio". Na sequência, vem um apelo por votos.

Escrevo de Columbus, capital do Estado de Ohio, um dos mais importantes swing states da eleição, com direito a 18 delegados no colégio eleitoral. Há uma frase famosa por aqui: "para onde vai Ohio, vai o país". A fama é de que nenhum candidato chega à Casa Branca sem ganhar nesse Estado. Nas últimas 12, os democratas levaram cinco - inclusive 2008 e 2012 com Barack Obama. Os republicanos venceram em sete em Ohio.

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A fama de Estado que decide a eleição deve-se, em parte, ao fato de Ohio ser uma espécie de microcosmos do Meio-Oeste americano, capaz de influenciar os outros Estados da região, principalmente Wisconsin, Michigan e Minnesota. Tem uma economia diversificada, com indústria de automóveis e autopeças, reservas de gás natural, carvão e agricultura. Seus eleitores são, em geral, conservadores - especialmente nas áreas industriais que sofreram com a crise de 2008, que preferem os republicanos. Nas metrópoles, como aqui, em Columbus, a maioria vota nos democratas. A média das pesquisas, segundo o site Real Clear Politics, mostra leve vantagem para Trump - 46,8% a 44.6% - em Ohio (veja os últimos levantamentos abaixo). A divisão desse Estado neste momento representa também a divisão do país.

Acompanhe, em tempo real, a viagem do repórter Rodrigo Lopes pelo interior dos Estados Unidos nos últimos dias da campanha eleitoral:


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