Começa hoje o trabalho do novo treinador do Internacional. Desde já, desejo muita sorte para Coudet. O treinador deve saber que são grandes os desafios. No Brasileirão, as chances de título existem matematicamente. Mas todos sabem que é praticamente impossível.
O que ainda existe na geografia esportiva dos torcedores colorados é a Libertadores. Não que os adversários sejam fáceis. Pelo contrário, a começar pelo River Plate. Mas existe a magia do mata-mata, que permite tudo. E nela se apega o Inter para buscar uma façanha.
Só que faltam apenas 15 dias para o jogo. Eduardo Coudet não conhece os jogadores que irá treinar. Terá um jogo no domingo contra o Bragantino como primeira oportunidade de fazer o time jogar. Poderá tirar as primeiras referências. Depois tem o Cuiabá, num jogo em que poderá até poupar jogadores pela proximidade do duelo pela Libertadores. Terá que fazer muitos trabalhos de treinamento para tentar descobrir os segredos e passar por cima do desconhecimento do seu grupo de jogadores.
E não pode fracassar em Buenos Aires. Recuperar escore contra times argentinos é sempre muito difícil. Enfim, o que não falta são desafios para o treinador colorado.
Bruno Henrique
Ele é uma indicação de Mano Menezes. Foi um grande meio-campista quando jogou por clubes paulistas. Mas ele ficou três anos no mundo árabe, onde as exigências para os atletas são muito menores. Se estiver bem, será um grande reforço.
Bruno Henrique deve disputar posição com Aránguiz. Dificilmente, os dois serão escalados juntos. Alan Patrick é certo que joga. Gabriel pode voltar. A única restrição que se pode ter sobre estes jogadores jogadores é que, juntos, fazem um meio-campo de veteranos, que não poderão dar a intensidade que Coudet gosta.
Mas é um meio-campo muito melhor, que até pode ser lento, mas tem muita qualidade. O treinador terá de se adequar ao grupo. Suas definições táticas são incoerentes com os jogadores que tem. Necessariamente, é o momento de jogar com as potencialidades que lhes foram entregues.