O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan, não permitiu jogos de futebol na Capital por entender que seria uma mensagem para a cidade de que a normalidade estava voltando. Já o vice-prefeito de Caxias do Sul, Édio Eloi Frizzo, ao autorizar com seu prefeito o clássico Gre-Nal desta quarta-feira (22), no Estádio Centenário, faz seu discurso entendendo que "um parque lotado traz muito mais problemas do que um jogo de futebol". Cumprindo determinações do governador Eduardo Leite, que deixa jogar futebol, ele fica legalista, ou seja, não atropela os decretos necessários deste tempo.
Ele deveria estar se referindo à orla do Guaíba, que ficou muitos finais de semana concentrando pessoas, muitas delas sem máscara, e sem cumprir o necessário isolamento social. Marchezan não pode fechar todos os parques, mas que eles devem representar muito mais perigo de contaminação do que um jogo de futebol.
Claro que não é culpa do prefeito, mas os parques de Porto Alegre se encheram no último final de semana com aquele sol maravilhoso depois de muito frio e muita chuva nos dias anteriores. A mensagem que Marchezan afirma que o Gre-Nal poderia dar é uma hipótese, como também as aglomerações.
Claro que elas deverão existir, pois quem se aglomera em festas, em parques, não fará diferente no Gre-Nal. Mas também aí estamos diante de outro fato que pode se confirmar ou não. O que é objetivo é que o futebol fez grandes investimentos, cuidou muito de seus jogadores, se preparou para jogar com a quase certeza de que não haverá problema.
Vou pedir, mais uma vez, para que os torcedores não saiam de suas casas, não façam aglomerações, muito menos churrascadas. É o Gre-Nal do seu sofá, com a sua família. Não pode ser diferente.