Tenho que deixar claro que é preciso levar em conta a capacidade do adversário. Deu para ver algumas noções de jogo de Coudet no Inter. Ele joga com três zagueiros e libera laterais. Nos números digo que é 3-5-2 clássico. No primeiro tempo, foi Lindoso e, no segundo, foi a vez de Musto, com Lindoso sendo avançado. Não vi mudança no posicionamento de D’Alessandro. Ele tem as tarefas de criação e movimentação que sempre teve.
O craque argentino nunca teve na recomposição seu forte. Quando recuou, foi protagonista de um lançamento fantástico que foi muito bem concluído por Edenilson.
No segundo tempo fez jogada pela direita, o que sempre foi uma constante jogando pelo Inter, e recebeu uma falta quase no bico da grande área. Sua cobrança foi maravilhosa. No ângulo, longe do goleiro Douglas, que se esticou, mas foi insuficiente para pegar a bola. Simplesmente genial, D’Alessandro.
Moledo teve dificuldade como stopper, ou seja, ficou pelo lado direito, com obrigação de sair com a bola, enquanto Rodinei está espetado. Não foi bem. Já Vitor Cuesta exercita essa função com muito mais naturalidade e qualidade. Os laterais jogaram sempre no apoio, mas é importante ressaltar que o Pelotas foi uma grande retranca dentro do Beira-Rio.
Foi uma boa estreia, os torcedores ouvidos pelo Lelê Bortolacci mostram grande satisfação, identificando muitas modificações. Nada pode ser definitivo. Foi o primeiro jogo do time titular. O ano recém começou.