Quando tomaram os assentos na sala de entrevistas do Grêmio, na noite do último domingo (7), o presidente, Romildo Bolzan, o vice de futebol, Duda Kroeff, ao lado do treinador, Renato Portaluppi, ali estava constatada uma forte tomada de posição do comando maior do Tricolor. Um recado de união que trazia para a mesa, ao serem interrogados pelos repórteres, três figuras mais importantes do clube.
Havia um certo alívio pela vitória de goleada sobre o São Luiz, de Ijuí, e, por consequência, a passagem para a finalíssima do Gauchão em dois Gre-Nais, a partir do próximo domingo.
Era preciso mostrar aos gremistas a união do grupo ou, pelo menos, que todos estão intensos na luta da recuperação dos desastres repetidos na Libertadores.
Eles sabem que não depende só do Grêmio, sabem que a situação é dramática, mas é preciso reagir. Pelo menos três vitórias, ou seja, virar de cabeça para baixo a campanha do primeiro turno onde não obteve nenhum triunfo.
Ganhar o Gauchão será muito importante. Sempre foi. Quem disse que não e buscou menos prezar esta competição foi quem a perdeu. Quando ganham, contabilizam com muito orgulho.
Mas ver o caminho da Libertadores interrompido já na primeira fase, tendo o seu vizinho classificado em um grupo mais difícil com muita facilidade, beira o vexame. Os dirigentes sabem disso, Renato também. Por isso, a tomada de posição, de mostrar união em uma hora tão complicada.
As redes sociais, que colocaram crise no Grêmio, não devem ser levadas em conta. O que precisa estar na cabeça dos homens que tem responsabilidade no Grêmio é de que o time precisa jogar mais, muito mais do que jogou na Libertadores.