Sabemos que o Grêmio é muito mais time do que o Atlético Tucumán. Sabemos que o Grêmio conseguiu grande vantagem num primeiro jogo, disputado na Argentina. O favoritismo é muito grande. Só que tudo isso se prova dentro do campo. Futebol remete a surpresas quando não se tem a responsabilidade de respeitar o adversário ou se menospreza um time que faz campanha dentro da competição.
Renato é matreiro o suficiente para não deixar entrar pelas frestas do seu vestiário o clima de euforia. A Arena estará lotada. Os torcedores entendem a Libertadores, sabem da sua importância. Muita gente chegará ao meio-dia aos bares e lanchonetes do entorno ou começarão suas churrascadas, o aquecimento para o jogo. Libertadores remete à ideia de um dia especial.
Eu vou para a Arena bem cedo. Na cabine, quero assistir à decisão do River contra o Independiente e, depois, narrar o jogo que levará o Grêmio para mais uma semifinal de Libertadores. Renato e sua turma vão atrás do tetra da América, inédito entre os brasileiros.
Time para esta noite
Não sei se Renato repetirá o time que escalou em Tucumán e que surpreendeu muita gente. Eu gostei demais da solução encontrada pelo técnico. Alisson, pela direita, e Everton, pela esquerda, são velocistas e jogadores de boa capacidade técnica. Eles destruíram o Tucumán e podem repetir a dose nesta noite.
Os argentinos terão de atacar e, com isso, devem oferecer espaços, pelos quais essa dupla poderão usar a velocidade que líquida os adversários. Jael está concentrado, mas deve ficar no banco. O que se espera é que Luan consiga jogar mais, pois é capaz de desequilibrar. Na defesa, muito cuidado. Não sei quem deverá substituir Maicon. Deve ser com Ramiro atuando como volante.