O time de transição do Grêmio deve ser explicado, em seus insucessos, em princípio pela preparação física. O time sempre joga bem no primeiro tempo e leva gols na segunda etapa, quando a carência atlética se impõe. Dá para acrescentar a bola aérea, com jogadores mal posicionados.
O treinador pouco ou nada colabora neste sentido. O aproveitamento dele é de 7%, mas não é só por ele que as derrotas se multiplicam. Paulo Miranda, o veterano contratado para ser reserva dos zagueiros, só comprometeu. O goleiro Bruno Grassi tem tido falhas que aumentam o prejuízo.
Agora, vai ter de encarar o gramado sintético do Passo D'Areia. Esta soma de defeitos, aliados à falta de estrutura psicológica de jogadores que estão começando na carreira, me faz pensar que, com eles, dificilmente o Grêmio terá sucesso. Só que há outro complicador. São os adversários. O Gauchão, nos seus primeiros 30 dias, antes da equiparação física, é sempre um tormento para a dupla Gre-Nal.
FIM DE ANO — Romildo Bolzan pegou para si os assuntos de vendas e contratações. Não tendo vice presidente de futebol e sem pressa para anunciá-lo, o presidente gremista trata de todos os temas. Mantém-se fechado hermeticamente. Ninguém sabe o que está acontecendo. Uma coisa que fiquei sabendo é que ele negocia Arthur com com três times europeus.
É um negócio que pode ser anunciado a qualquer momento. Romildo quer a grana e deseja que o jogador permaneça até o final do ano. Antes, os clubes se contentavam em ficar com os jogadores até agosto, quando terminava a Copa do Brasil e Libertadores. Agora, que elas foram esticadas até dezembro, o clube quer que Arthur jogue todo ano. A grana? Essa, o Grêmio deseja imediatamente.