A ideia é que o vizinho lave a sua roupa – ou que você lave a dele. Quem fizer o serviço ganha uma grana. Mesma coisa para quem costura e passa. A proposta do Lumat, aplicativo recém lançado em Porto Alegre, é conectar moradores próximos justamente para resolver essas tarefas domésticas.
Disponível para Android e iOS, a plataforma também permite que lavanderias e outras empresas especializadas se cadastrem no sistema. O cliente escolhe o prestador a partir de um mapa – que mostra a proximidade entre eles – e consegue visualizar as avaliações de usuários que já usaram o serviço.
– É o Uber das lavanderias – resume o brasiliense Augusto Hughes, 37 anos, que criou o aplicativo. – E tem toda a praticidade de estar perto, às vezes no mesmo prédio. Basta pegar o elevador.
Mas, por enquanto, quem baixar o Lumat verá que há poucos cadastrados – boa parte dos bairros ainda nem tem prestadores de serviço. Hughes afirma estar começando agora a etapa de divulgação: dentro de um mês, segundo o empreendedor, a meta é ter 2 mil pessoas topando lavar, passar e costurar. Foi o número que ele diz ter atingido em Florianópolis, única cidade onde a plataforma já foi lançada.
– O pessoal do Sul é mais aberto a essas novidades – acredita Hughes.
Cada pessoa vai definir o preço do seu serviço. O aplicativo não se mete nisso, mas recolhe uma taxa de 20% do valor cobrado. A tendência, conforme o idealizador do app, é que o custo para os clientes saia igual ou um pouco abaixo do valor de mercado.
Nos próximos meses, outras duas plataformas pensadas por Hughes devem ser lançadas em Porto Alegre: uma para comprar a comida feita pelo vizinho (ou para vender viandas) e outra para emprestar coisas para turistas – em geral, objetos difíceis de carregar na mala, como carrinho de bebê, skate, panelas etc.
– Minha intenção é que ninguém precise investir. Basta ter um forno e um fogão, ou um guarda-sol parado no sótão, e pronto.
Com Rossana Ruschel