Com uma série de rachaduras no piso, um trecho da ciclovia da Avenida Ipiranga parece prestes a desabar sobre o Arroio Dilúvio. É a sensação de ciclistas que transitam por ali, entre as ruas Múcio Teixeira e Getúlio Vargas: o solo está claramente declinando em direção ao riacho.
– Talvez não ocorra agora, mas é uma questão de meses para aquele ponto desbarrancar – confirma o engenheiro civil João Fortini Albano, especialista em obras de infraestrutura que visitou o local a pedido da coluna.
Segundo ele, as rachaduras surgiram no asfalto devido à ação, no subsolo da ciclovia, de raízes de árvores situadas à margem do Dilúvio. Conforme a água da chuva se infiltra, mais as fendas vão se alargando.
– A evolução dessas fissuras é irreversível. Elas vão seguir crescendo, e essa manutenção precisa ser feita logo – avisa o engenheiro Albano.
Procurada pela coluna, a prefeitura enviou técnicos para vistoriar o trecho e informou que o local será interditado nesta quarta-feira (27) para intervenções. Um dos problemas é que, se as raízes seguirem agindo no subsolo, talvez seja necessária outra manutenção daqui a alguns anos.
Leia a nota da prefeitura:
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), interditará nesta quarta-feira, 27, por solicitação da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb), trecho da ciclovia da Ipiranga, entre a Getúlio Vargas e Múcio Teixeira. O bloqueio é em razão de rachaduras na via. As questões técnicas estão sendo analisadas pela Smsurb e Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade (Smim). No local, haverá, inicialmente, intervenções na arborização.