Um aguardado espaço artístico na Cidade Baixa enfrenta não só o atraso, mas o retrocesso.
A construção do Centro Cultural da Terreira da Tribo, na esquina da João Alfredo com a Aureliano de Figueiredo Pinto, chegou a ter 11% das obras executadas. Mas o que foi erguido acabou se degradando após a paralisação dos trabalhos, há quase dois anos. Hoje, o que se enxerga no local é uma espécie de terreno baldio que serve de refúgio a moradores de rua.
Anunciada em 2008, a construção do prédio para sediar um dos mais longevos grupos de teatro do Estado, o Ói Nóis Aqui Traveiz, sofreu com idas e vindas por parte de órgãos públicos. A obra acabou suspensa porque o dinheiro repassado pelo governo federal, R$ 1,5 milhão, foi considerado insuficiente.
O secretário da Cultura, Luciano Alabarse, diz que busca parceiros privados para bancar a construção:
— Estamos procurando no mercado quem executará todo esse projeto — afirma.
Os sem-teto do local, vivendo entre escombros e lixo a céu aberto, divide opiniões na vizinhança. Enquanto alguns temem sua presença, outros dizem que o problema é outro.
— Eles não oferecem perigo algum. O medo maior é da escuridão dessa área durante a noite — avalia Adroaldo Kulmann, morador da região.