Terceiro vereador que pede para sair da CPI da Telefonia Móvel, Mauro Zacher (PDT) diz que a comissão "não chegará a lugar algum" porque "não produz resultados práticos".
A CPI, instalada em março, se propõe a investigar por que os serviços de internet e telefonia móvel – campeões de reclamação no Procon – são tão problemáticos. Das nove reuniões até agora, quatro foram canceladas – três porque não havia vereadores suficientes.
Por que o senhor pediu para sair da CPI?
Minhas duas faltas foram por questões de ordem pessoal. Esse é um dos motivos. O segundo é por entender que a CPI não consegue gerar resultados produtivos para a cidade. No momento em que estou dentro de um projeto que claramente não chegará a lugar algum, eu peço para sair.
Mas participar de CPI é dever do vereador, previsto inclusive no regimento da Casa.
Meu compromisso com o cidadão é a verdade. Em vez de participar de uma CPI improdutiva, prefiro focar meu mandato em assuntos que contribuam para a cidade. Nós estamos falando as mesmas coisas que encaminhamos na CPI de 2013 (que também se propunha a investigar a telefonia móvel), cujo relatório fez uma série de sugestões que até hoje nunca saíram do papel.
De fato, aquela CPI não deu em nada. Mas, se o senhor é tão crítico, por que assinou o requerimento de instalação dessa nova comissão?
Porque a proposta tinha mérito. Acreditei mesmo que essa CPI pudesse render frutos. Mas falta planejamento, faltam assessorias qualificadas para colher informações, falta um levantamento de dados que produza elementos suficientes para a gente tomar decisões e fazer encaminhamentos.
Se não consegue sequer levantar dados, para que serve uma CPI?
A CPI tem sua finalidade regimental. Acho que nós temos que mudar a forma. Falta uma estrutura adequada para produzir resultados.