Filho do inventor do aeromóvel, Marcus Coester é contra o projeto do vereador Idenir Cecchim (PMDB) que propõe a remoção da estrutura suspensa instalada entre o Gasômetro e o prédio da Receita Federal. Os blocos de concreto estão lá desde 1983, quando ocorreram os primeiros testes com o aeromóvel, mas nunca mais serviram para nada. Marcus é diretor-executivo da Aeromóvel Brasil S.A.
O que o senhor acha do projeto do vereador Idenir Cecchim?
Estamos em tempos de investir em mobilidade. Tirar a estrutura me parece meio contramão. E a remoção teria um custo muito alto, já que cada viga pesa 80 toneladas.
Não acha feio aquele concreto?
Aquilo está ali para fazer transporte. Se não cumpre a função prática, realmente, fica questionável.
Se fosse prefeito, o senhor faria o que com a estrutura?
A estrutura está em condições de uso. Na nossa opinião, ela deveria ser estendida, talvez entre o Praia de Belas e o Mercado Público, para servir como transporte aeromóvel.
Isso não ocorreu em 30 anos. Aliás, não foi um erro ter erguido aquela estrutura imensa, que só serviu para testes, em frente a um cartão postal da cidade?
Não. Para nós, foi bem sucedido. Os testes foram importantes e necessários para o desenvolvimento do aeromóvel. Foram mais de 57 rodadas de ensaios. Isso permitiu que o aeromóvel esteja aqui hoje, no aeroporto de Canoas.
Mas qual foi o benefício para a cidade de Porto Alegre?
A nossa meta era expandir, e isso traria esse benefício. Agora, tem que perguntar para o prefeito, né? Cabe à prefeitura fazer a mobilidade da cidade.