Valdir Espinosa se confunde com a história do Grêmio. De atleta com formação dentro do Olímpico a campeão da primeira Libertadores e do Mundo pelo Grêmio. Nenhum treinador é maior do que ele na história gremista. Foi trazido de volta por Renato Portaluppi.
Os dois conseguiram devolver alegria aos torcedores do Grêmio, que nada de importante festejavam havia 15 anos. A Copa do Brasil do ano passado, a grande festa, o futebol de qualidade, também têm a sabedoria de Espinosa. Só que os metais mostraram fadigas importantes.
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Renato já não mais contava com seu parceiro de primeira hora. Colocado nas categorias de base, sentiu-se ultrajado no seu orgulho e reagiu com força. Os dirigentes passaram a entender que a relação custo-benefício não era mais viável.
Com isto, veio a demissão. O velho treinador foi as lágrimas. Lágrimas do campeão do Mundo. O grande Valdir Espinosa que a torcida venera. Ele vai continuar torcendo pelo Grêmio, mas deve estar ferido mortalmente no seu orgulho profissional e gremista.
Oportunidade
Friamente, dá para dizer que as relações empresarias são assim. Quando o funcionário não mais interessa, é desligado. Só que este funcionário, no caso, é Valdir Espinosa. A torcida reagiu muito mal pelas redes sociais.
Particularmente, acho que a direção errou na oportunidade. Não é hora de fazer crise quando o clube se encontra numa situação invejável em três competições muito importantes.
Só que este é meu pensamento vendo de fora. Na intimidade, pode-se encontrar dificuldades intransponíveis.