Leia mais colunas de Léo Gerchmann
Reportagem especial sobre a Venezuela 1
Reportagem especial sobre a Venezuela 2
Reportagem especial sobre a Venezuela 3
Em vídeo, o que vimos na Venezuela
E, por fim, leia abaixo o repúdio da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol) à expulsão venezuelana da CNN:
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) manifestou seu profundo repúdio à determinação do governo da Venezuela de cancelar o sinal da CNN en Español da programação e dos canais a cabo desse país. A Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel), seguindo as ordens do presidente Nicolás Maduro, que já havia se manifestado contra a CNN en Español no domingo, promoveu o cancelamento nesta tarde (quarta-feira) argumentando que a emissora americana difama e distorce a verdade, em referência à investigação jornalística Passaporte na Sombra, implicados funcionários com a venda de passaportes a cidadãos do Oriente Médio. A ordem do governo se baseia na decisão do Departamento de Tesouro dos EUA de incluir o vice-presidente venezuelano, Tareck el-Aissami, na "Lista Clinton", acusando-o de ter vínculos com o narcotráfico e o terrorismo internacional. Roberto Rock, presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP, rechaçou a medida contra a CNN en Español "por se tratar de uma represália do governo da Venezuela contra os mensageiros, parte de sua estratégia para proteger e defender o discurso e a verdade oricial". Completou que "é um atentado contra a liberdade de imprensa que desmascara o propósito real do governo, de censurar a imprensa e as vozes dissidentes". Rock, diretor de La Silla Rota, do México, recordou que não é a primeira vez que a CNN en Español tem problemas no país e também que a cadeia internacional colombiana NTN24 foi tirada do ar em fevereiro de 2014. Mencionou também que atualmente "poucos jornais seguem publicando, em razão das restrições na distribuição do papel, controlada pelo governo, e pelas restrições que se impõem em geral nos meios independentes".