A Argentina vive uma grande polêmica em razão do calendário... mas muito mais que isso. O presidente Mauricio Macri resolveu tirar o feriado do dia 24 de março da sexta-feira e repassá-lo para a segunda, dia 27. O motivo seria que isso ajuda a ativar a economia do país. Só que as reações foram muito fortes.
O golpe militar na Argentina foi dado em 24 de março de 1976.
O fato é que se abriu mais uma rodada de desentendimentos entre o presidente e ONGs de defesa dos direitos humanos, como madres e abuelas de la Plaza de Mayo. A medida foi considerada, simplesmente, uma provocação pela presidente das Avós da Praça de Maio, Estela Carlotto.
– Estamos fartos de provocações. Há intenção não dissimulada de minimizar uma data tão desgraçada. Nada é por acaso – afirmou Estela, dizendo que o verdadeiro objetivo de Macri é desmobilizar as marchas contra o golpe.
As entidades de direitos humanos dizem que essas datas deveriam ser feriados inamovíveis, para servirem como momento de reflexão. E ainda reclamam que a verdadeira intenção do governo é de esvaziar as manifestações que ocorrem sempre nos dias 24 de março para repudiar o regime militar.
O governo argumenta que, no dia 24, haverá reflexões nas escolas e nas universidade. Por isso, não é negativa a mobilidade da data.