Pelo jeito, os dias não são dos melhores para o presidente da Argentina, Mauricio Macri. Ao completar um ano de mandato com resultados pífios principalmente na economia (setor que seria seu trunfo), Macri vê agora dois irmãos serem investigados pelo Ministério Público Federal e pela Interpol.
O alvo das investigações são movimentações bancárias feitas por Gianfranco e Mariano Macri pouco antes do primeiro turno e consideradas suspeitas.
A Procuradoria da cidade alemã de Hamburgo enviou documentação sobre esse assunto para o setor do Ministério Público argentino que se debruça sobre crimes fiscais e lavagem de dinheiro. De acordo com o documento, a empresa BF Corporation, formada no Panamá, pediu ao banco UBS Deutschland AG que fechasse sua conta e transferisse seu dinheiro a um banco na Suíça.
A suspeita se dá pelo alto valor contido na conta e pelo pedido que os irmãos de Macri fizeram para que fossem destruídos todos os documentos referentes a ela.
A empresa teria sido criada pelo escritório Mossack Fonseca, envolvido no escândalo dos "Panamá Papers", e era operada pelo contador uruguaio Lussich Torrendel, que tradicionalmente cuida dos negócios da família Macri.
O presidente argentino tem mantido distância dos episódios envolvendo sua família em paraísos fiscais. Alega sempre não ter envolvimento nos negócios.