Opa! O governo divulgou a promoção de quase cem diplomatas, incluindo o porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, e de Eduardo Saboia, que em 2012 se envolveu em polêmica quando estava no comando da embaixada brasileira na Bolívia. Ambos foram alçados, agora, ao cargo de embaixador.
As nomeações devem constar no Diário Oficial da União desta sexta-feira.
Saboia foi responsável por ajudar o senador Roger Pinto Molina a chegar ao Brasil. Lembram do caso? Pinto fazia oposição ao presidente Evo Morales quando se refugiou na embaixada brasileira. Pediu asilo ao governo brasileiro alegando perseguição política, negado pela então presidente Dilma Rousseff.
Depois de 15 meses, fugiu para o Brasil em operação montada por Saboia sem o consentimento do Palácio do Planalto. A operação provocou a demissão do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Saboia foi punido com uma suspensão por 20 dias por quebra de hierarquia.
Com sua promoção e a de Parola a embaixador, ambos podem ocupar o cargo máximo em embaixadas brasileiras em outros países. Entram em uma lista do Ministério das Relações Exteriores. As promoções ocorrem a cada seis meses, de acordo com a lei, e são oficializadas por decreto presidencial.
A trajetória da carreira dos diplomatas depende ainda de vagas disponíveis.
Trajetória
Eduardo Saboia começou a carreira como terceiro secretário, em 1990. Depois de passar pelas segunda e primeira secretarias, tornou-se conselheiro, em 2005. Desde junho de 2009, era ministro de segunda classe. Além de exercer o cargo em La Paz, atuou em 2010 como assessor do diretor executivo do Brasil no Fundo Monetário Internacional e, desde seu ingresso no Ministério das Relações Exteriores, teve diversas funções nas divisões econômicas na América Latina. Desde abril do ano passado, atua como assessor Diplomático da Comissão de Relações Exteriores do Senado.
Relembre o caso envolvendo Saboia assistindo ao filme Missão Bolívia, do documentarista baiano Dado Galvão: