Há uma preocupação muito fundamentada de que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, até tenha alguma preocupação com a América Latina. Afinal, México (América do Norto) e Cuba (Caribe), mesmo que de forma depreciativa, estariam na sua agenda. Mas, a respeito da América do Sul, Trump silencia. Claro, os efeitos de um azedume com o México atinge toda a região latino-americana, porque atinge a Aliança do Pacífico, que, por sua vez, tem feito incipientes negociações com o Mercosul, cuja nova direção busca pragmatismo.
Mas tem a Colômbia e seu processo de paz.
Vem agora uma boa notícia sobre isso: o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, disse que falou na sexta-feira por telefone com Trump, com quem concordou em fortalecer a relação "especial e estratégica" entre seus países.
"Falei com o presidente eleito @realDonaldTrump. Concordamos em fortalecer a relação especial e estratégica entre Colômbia e Estados Unidos", tuitou Santos.
O telefonema durou cerca de cinco minutos e, segundo fontes da presidência, Trump disse ao presidente colombiano que "gosta muito da Colômbia".
Na quinta-feira, Santos garantiu que os EUA reafirmam sua "cooperação para 2017 em pós-conflito e na luta antidrogas", depois de, na véspera, ter acontecido em Bogotá um encontro do grupo de trabalho bilateral que mantêm ambos os países. Para a Colômbia, que atravessa um conflito armado de mais de meio século e também é o primeiro produtor mundial de cocaína, o apoio de Washington é de grande importância neste momento histórico.