Vejam esta! Que história maluca!
Vocês sabem que o presidente Mauricio Macri conversou por telefone com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, né? Ok. Até aí tudo bem. Só que... rolaram alguns interesses pessoalíssimos.
Trump pediu permissão a Macri para construir um arranha-céu bem no coração do no microcentro portenho.
É um edifício já planejado faz tempo. Mas, poxa, não fica meio esquisito?
– Não foi só uma conversa sobre geopolítica – comentou o jornalista Jorge Lanata.
Trump se queixa de questões cambiárias e protecionistas argentinas que o impedem de entrar no país.
Ora, ora!
O "espigão" seria erguido perto do Obelisco.
Teria 35 andares e custaria US$ 100 milhões.
A construção começaria em 2017 para ser concluída em 2020.
As relações entre o presidente argentino e o presidente eleito americano não vêm de hoje.
Tem uma história impressionante que ocorreu em Manhattan.
Uma limusine se aproximou do pai do hoje presidente argentino Mauricio Macri. Franco Macri olhou para o veículo e viu o próprio magnata americano Donald Trump, que o convidou para entrar. Dois seguranças do tipo guarda-roupa o empurraram para dentro, a fim de que apressasse o passo. Eram inícios dos anos 1980. O Grupo Macri e as empresas de Trump viviam uma batalha comercial. A Socma, uma das empresas dos Macri, queria fazer investimentos imobiliários em Manhatan. Era o começo da vida empresarial de Mauricio. O Grupo Macri construiria uma torre de cem andares. Só que enfrentou tantas adversidades e resistências, que ficou impossível o financiamento da operação.
Pois bem. Naquela tarde em Manhatan, Franco entrou na limusine de Donald. Juntos, percorreram o charmoso centro da cidade mais cosmopolita do mundo durante meia hora, charlando, ouvindo boa música e talvez até tomando champanha. Ninguém sabe qual foi o diálogo que tiveram, Franco nunca foi muito claro sobre isso. Só se sabe que, depois do passeio por Manhattan, o Grupo Macri se retirou de todo tipo de negócio em Nova York.
Pior: as relações entre os Macri e os Trump azedaram!
Muitos jogos de golfe e almoços posteriores não consertaram o mal-estar.
Restou a certeza de que Trump inibiu os investimentos dos Macri em Nova York.
Agora, Trump presidirá os EUA. Macri preside a Argentina.
Ambos são homens de negócios, pragmáticos.
Prevalecerá isso ou o ressentimento familiar?
Como Trump não demonstra muito entusiasmo pela América Latina e muito menos pela América do Sul (onde não ficam nem Cuba nem México), talvez ele nem saiba direito onde anda Mauricio.
Mauricio, aliás, que durante a campanha presidencial nos EUA falou de seu entusiasmo por Hillary Clinton, em quem votaria se americano fosse.