Diana Corso
Em uma cena do filme Brazil (Terry Gilliam, 1985), é retratado um futuro distópico no qual os personagens comiam uma gororoba indiferenciada, mas o faziam de olho em uma imagem sugestiva do sabor e do glamour que deveriam sentir. Junto aos pratos, cartazinhos mostravam iguarias refinadas, que eles olhavam enquanto enterravam seus talheres em um mingau disforme. O prazer do paladar dependia da propaganda do produto, mais do que de sua natureza. Nunca esqueci essa cena, na qual me senti interpretada.
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