O braço da ONU para os refugiados, o Acnur, premiou o vídeo do brasileiro Dado Galvão por unir o mundo na mesma dor humana. No vídeo minuto, já mostrado na coluna, as lonas da feira livre de Jequié (BA) são as mesmas utilizadas nos acampamentos espalhados pelo mundo. O vídeo alerta, por meio de uma linguagem universal, que o problema é de todos, independentemente de localização geográfica, seja você de Jequié, Porto Alegre ou Damasco.
O documentarista brasileiro tem feito diversos trabalho com foco social e entrado em algumas polêmicas na política. Foi ele quem trouxe a opositora moderada cubana Yoani Sánchez em uma histórica visita ao Brasil, assim que começaram a ser abertas as fronteiras da ilha socialista.
Exemplos de outras atuações do documentarista: ele esteve, em novembro de 2013, no hoje extinto acampamento dos haitianos em Brasileia, no Acre. Acompanhou o encontro do senador boliviano refugiado Roger Pinto com sua família também refugiada no Brasil, para o documentário Missão Bolívia.
Em dezembro de 2015, realizou, com um grupo de ciclistas de Jequié, performance fotográfica com bonecos de plásticos denominada "Os refugiados e o Natal", que foi "inspiranda na fuga da Sagrada Família para o Egito".
O vídeo "Ninguém fica de fora"/ "Nobody left outside", premiado com o troféu Acnur/festival do minuto, será exibido com os melhores vídeos do concurso Refugiados no Cine MigrArte em 19 de junho no Cine Brasília/DF (15h), evento realizado pelo coletivo Mais Pontes Menos Muros numa parceria com o Acnur.
Dado Galvão participará da cerimônia de premiação em 18 de junho, às 13h, no SESC Vila Mariana (Rua Pelotas 141, São Paulo - SP), atividades que lembram o dia mundial do refugiado, comemorado no domingo (20/06).
Aqui, a explicação de como foi feito o vídeo premiado:
E o próprio vídeo, claro: