Baita notícia! O Festival de Cinema Acessível, que movimentou a cena cultural do Estado de forma especialmente inclusive no ano passado, terá nova etapa a partir do segundo semestre em Porto Alegre. Os novos títulos confirmados já estão em fase de finalização. São eles: Tropa de Elite 2, O Palhaço e Se eu fosse você. A iniciativa é uma realização do Som da Luz, com patrocínio de Banrisul Consórcios, Badesul e IMEC Supermercado, por meio da Lei Rouanet.
Este colunista foi a duas sessões da primeira leva e pôde verificar a emoção que representa para um deficiente auditivo ou visual a oportunidade de ir ao cinema. Pare e pense: essa turma, em sua grande maioria, acostumara-se a ficar em casa. Tudo dificultava sua locomoção e sua diversão. Portanto, ufa, que coisa boa!!!
As sessões serão três, uma para cada filme: em 8 e 29 de julho e em 19 de agosto. De novo na Casa de Cultura Mario Quintana, sala Paulo Amorim.
A baita ideia e a execução extremamente bem sucedida tende a ser seguida em outros países da América do Sul. Belo produto de exportação gaúcho, hein?
O Festival é o primeiro do país a exibir clássicos do cinema brasileiro com audiodescrição, legendas e língua brasileira de sinais de forma simultânea. Os filmes são exibidos com os três recursos de forma simultânea, permitindo que pessoas cegas, com baixa visão, deficiência auditiva, surdas e até sem nenhuma deficiência assistam às obras na mesma sessão de cinema – que permite a troca de experiências num ambiente que valoriza as diferenças.
De acordo com o baita músico e agitador cultural Sidnei Schames, idealizador do Festival e sócio do Som da Luz, o sucesso da primeira etapa do evento evidenciou que o expectador está ávido por produções cinematográficas e atividades culturais com acessibilidade. "Existe uma carência de eventos acessíveis no país. Com o festival, estamos tornando o cinema uma arte de acesso universal, tanto por atentarmos para a acessibilidade quanto por realizarmos exibições sempre gratuitas”, diz o "Sidito". Outra novidade nesta segunda etapa é que os filmes vão contar com a janela de libras e as legendas em tamanho maior, ocupando melhor as dimensões da tela de cinema.
Como é bom estufar o peito para cantar "À toda terra, sirvam nossas façanhas / de modelo à toda terra (...)". Convenhamos que tem sido raro se sentir à vontade para cantar esse hino tão bonito, para se ver, ouvir e declamar.