A força de um país reside na conservação e na estabilidade de suas instituições. Ela não consiste em jeitinhos, que fazem puxadinhos aqui e acolá.
O costume do jeitinho, embora aparentemente atraente em alguns aspectos da vida cotidiana, ganha contornos explosivos quando se aplica à esfera pública. Assim ocorre quando, diante de uma crise, alguns "bem" (mal) pensantes apegam-se à tese de que a ordem constitucional não pode ser cumprida, inventando "soluções" como a de novas eleições gerais em todos os níveis e assim por diante.
Como o governo petista está se tornando insuportável mesmo para os elásticos critérios morais dos seus simpatizantes, inventou-se uma "tese" politicamente correta, consistente em alterar a Constituição.
Pretendem, com isto, manter o petismo no poder, inviabilizando o impeachment. Os politicamente corretos são nada mais do que petistas enrustidos que querem preservar o status quo.
Os costumes políticos apodreceram moralmente pelo aparelhamento petista do Estado. Agora que chegaram ao degrau mais baixo de popularidade, inventam uma mudança constitucional. Os que aviltaram as instituições são os que propugnam por uma alteração constitucional.
Neste contexto, insere-se toda uma campanha visando a desacreditar o vice-presidente Michel Temer. O objetivo consiste em violar a Constituição para que este não assuma o poder. Nada é casual, nem as supostas "pesquisas" do Datafolha.
Ora, quem é Michel Temer?
Trata-se de um renomado jurista na área de direito constitucional, tendo sido professor tanto da graduação quanto da pós-graduação. Tem inúmeros livros publicados, que conquistaram o reconhecimento dos seus pares. Exerceu as funções de procurador-geral da República do Estado de São Paulo, onde foi também secretário da Segurança Pública. Conhece como poucos um dos problemas que mais afligem a população brasileira.
Foi três vezes presidente da Câmara dos Deputados, onde se caracterizou pela moderação e pela pacificação dos conflitos. Preside há anos o PMDB, tendo colocado o partido na posição de uma alternativa nacional.
Não há nada em seu curriculum que o desabone moralmente. Prova disto consiste, inclusive, em sua defesa da operação Lava-Jato. Defender a Lava-Jato significa defender a Constituição.
Lutemos pelo impeachment, defendamos a ordem constitucional com o vice-presidente assumindo a presidência da República.
Defendamos o Brasil, pois é disto que se trata.