O cenário é uma imponente sala histórica, presente de uma rainha para seu príncipe. Junte a isso a projeção de um filme de sucesso numa tela de 20 metros e em alta definição. Para completar a experiência, a trilha sonora é interpretada ao vivo, por uma orquestra sinfônica.
Essa é a fórmula que tem feito sucesso e lotado os mais de 4 mil lugares do Royal Albert Hall há duas temporadas. Films with Live Orchestra é o projeto responsável por aproximar jovens plateias das orquestras sinfônicas.
No ano passado, os filmes infantis foram a sensação, começando por Ratatouille e chegando ao fenômeno Frozen. Adultos também foram contemplados, com títulos como O Poderoso Chefão. Titanic contou com 95 músicos e um coral de 40 vozes. A programação desta temporada promete Gladiador, Amadeus e Aliens.
Diretora de Eventos da casa, Lucy Noble informa:
– Nosso programa de 2016 já se mostrou muito popular até agora, com a venda de 10 mil ingressos (com preços que variam de R$ 65 a R$ 420), somente no primeiro dia, para a apresentação de Jurassic Park.
A inovação na programação é marca dos atuais gestores do Royal Albert Hall, inaugurado em 1871, em homenagem da rainha Vitória para seu marido, Albert, grande incentivador das artes. Ele não chegou a ver o prédio concluído. A casa tem capacidade para 6 mil espectadores, dependendo da configuração, e serve de palco para concertos, o famoso festival de verão Proms, Cirque du Soleil, balés, óperas, shows de rock e até jogos de tênis.
Panqueca do Sri Lanka
Você já provou hoppers? O prato de aparência despretensiosa tem gerado as filas mais disputadas de Londres. Hopper é uma panqueca, a versão feita no Sri Lanka. A diferença é que a massa, normalmente assada numa tigela e feita de arroz fermentado e leite de coco, é coberta com curry e alguma proteína – o mais comum é ovo frito. Hopper também é o nome do restaurante que tem consagrado a receita na cidade. Não aceita reservas e oferece outros pratos típicos.
Escultura voadora
É delicada a exposição de Alexander Calder no museu Tate Modern. O artista americano, considerado o pai dos móbiles e responsável por repensar a escultura, tem retrospectiva em cartaz até abril. Calder fez as peças se moverem, tirando-as dos pedestais e fixando-as em tetos e paredes. Ele também se apropriou da obra de Mondrian, mesmo sem a aprovação do artista, e deu movimento às coloridas figuras geométricas.
O que começa como uma mostra acanhada, em uma primeira sala apertada e de pouco impacto, vai ganhando força – ao ponto de os móbiles suspensos arrancarem suspiros. Para encerrar, um final arrasador, com Black Widow (ao lado) – obra que Calder presenteou ao Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) em São Paulo. Esta é a primeira vez que a peça de 3,5 metros é exibida fora do Brasil.
Faces
Aos pés do Big Ben, eles reproduzem a imagem que se tornou símbolo da crise migratória na Europa – a morte do menino sírio Aylan, encontrado numa praia da Turquia. O drama dos refugiados é classificado como o mais grave desde a II Guerra Mundial.