Maurício Saraiva
Sou admirador de Renato Portaluppi desde sempre. Gostava do seu jeito destemido de jogar pela ponta-direita, meias baixas a suportar no osso a pancada inútil dos marcadores. Seu cruzamento sempre foi precioso, nunca rifado. Embora não fosse um homem de conclusão, o que não fazia dele um artilheiro, também não era emérito desperdiçador das chances que lhe caíam. Enfim, Renato foi um atacante raro. Deveria ter ido à Copa do México e teria feito enorme diferença para o Brasil, mas futuro do pretérito é a inutilidade na potência máxima. Quando você o emprega, sabe que está entrando no pantanoso terreno das hipóteses que jamais se provarão porque, afinal, não aconteceram.
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