Com as novas indicações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a diretoria do Banco Central (BC), um gaúcho voltará a fazer parte do comando da instituição e, por consequência, do Comitê de Política Monetária (Copom). É Gilneu Vivan, funcionário de carreira do BC desde 1994.
Vivan é formado em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e mestre pela Universidade de Brasília (UnB). Até o início deste ano, atuava como chefe do departamento de monitoramento do Sistema Financeiro Nacional (SFN).
No ano passado, como a coluna registrou, lançou o livro As Novas Fronteiras da Supervisão, com Paula Oliveira, elogiado pelo atual presidente do BC, Roberto Campos Neto.
Além do gaúcho, foram indicados Nilton David, atual chefe de operações de tesouraria do Bradesco, para a diretoria de Política Monetária que ficará vaga com a ascensão de Gabriel Galípolo para a presidência do BC, e de Izabela Correa para a de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta.
A expectativa é de que a sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado para os três indicados ocorra entre os dias 10 de 11 - mesmos dias da última reunião do Copom com a atual formação. A partir de janeiro de 2025, toda a diretoria do BC será formada por indicados de Lula. É esse grupo que deve levar o juro a ao menos 13% ao ano, conforme as expectativas atuais.
Quando conversou com a coluna, em novembro do ano passado, Vivan relatou que chegou a trabalhar na regional do BC de Porto Alegre, mais exatamente na área de meio circulante (cédulas e moedas), que ficava na Avenida Alberto Bins, no centro histórico.