Depois de subir 1,42% na sexta-feira (7) e quebrar a barreira dos R$ 5,30, o dólar segue em viés de alta: fechou em R$ 5,357 nesta segunda-feira (1o), resultado de elevação de 0,61%. Pela manhã, chegou a se aproximar de outra marca psicológica, com R$ 5,382, mas depois a intensidade da alta diminuiu.
A cotação foi a mais alta desde 4 de janeiro de 2023, quando havia fechado em R$ 5,45.
À combinação de fatores que já pressionavam a moeda americana, somou-se outro, o resultado das eleições na Europa. Especialmente com a convocação de eleições na França, onde o partido de extrema direita representado por Marine Le Pen fez a maior bancada francesa no Parlamento Europeu.
Uma eventual mudança no comando político de um dos países fundadores da União Europeia eleva a incerteza na economia. Havia expectativa de que partidos contrários à força do bloco ganhariam mais vagas no Parlamento, o que de fato ocorreu. No entanto, a maioria das cadeiras permanece em mãos de "europeístas", ou seja, de alinhados às estratégias dessa instituição.
Além disso, seguem fazendo preço no câmbio a demora no início do corte de juro nos Estados Unidos, ruído entre o Planalto e o Legislativo provocado pela tentativa de compensar a desoneração da folha de pagamento e até a ajuda federal ao Rio Grande do Sul.