Ao lançar seu shopping virtual, na noite de segunda-feira (12), o Banrisul também mostrou uma imagem da homenagem feita à instituição por seus 94 anos pela bolsa de valores de Nova York (Nyse).
Ao exibir a foto, o presidente da instituição, Claudio Coutinho, disse que a iniciativa havia sido tomada durante um "no deal road show" do banco gaúcho no mercado americano. A marca do banco estadual apareceu nas telas do "trading floor", área onde eram realizadas negociações presenciais de ações antes da mudança para o ambiente eletrônico.
A expressão, claro, levantou orelhas e sobrancelhas, inclusive as da coluna, que procurou Coutinho para explicar a operação. O presidente do Banrisul detalhou:
— É um road show (giro pelo mercado) que não visa negócios. O banco tem o hábito de fazer por dívida (lançamento de papéis no mercado com objetivo de obter recursos para emprestar ou para executar determinado programa). Fizemos uma captação no valor de US$ 300 milhões, então temos essa programação para conversar com os compradores de bônus.
Coutinho descartou a hipótese de fazer qualquer outro processo com objetivo de negociar ações do banco neste momento. Mas como a imagem da marca do banco gaúcho na bolsa de valores de Nova York é incomum e pode despertar outras interpretações, é importante esclarecer. O presidente do Banrisul ainda comentou as avaliações de que o resultado do banco estadual poderia ser melhor:
— Nosso foco é em câmbio, imobiliário e agronegócio. Do ponto de vista do Estado, do que gera de negócios, é ótimo, mas o retorno para o banco é menor. Se estivéssemos operando muito cheque especial, o lucro seria mais alto. Se há uma crítica procedente, é a de que somos conservadores.