No Estado que abriga a Romântica, a dos Cânions, entre várias outras, surge uma nova opção: a Rota Elétrica.
Resultado da união de duas empresas da Serra, a 1ª Rota do Veículo Elétrico do Rio Grande do Sul passa por 15 municípios, incluindo Caxias do Sul, Nova Petrópolis, Torres, Novo Hamburgo e Porto Alegre, e quatro regiões: Serra, Litoral, Região Metropolitana e Região das Hortênsias (veja mapa detalhado abaixo).
O projeto prevê a ampliação da infraestrutura para recarga de veículos elétricos no Estado, com união de forças entre a Magnani Luz e Energia, de Caxias do Sul, e a Sicredi Pioneira, com sede em Nova Petrópolis. As duas têm interesses relacionados ao setor: a Magnani produz carregadores elétricos com tecnologia da catarinense Weg e está apta a abastecer os pontos de recarga. A Sicredi Pioneira financia o segmento.
A instalação dos equipamentos foi projetada em um raio de cem quilômetros para que os condutores tenham a autonomia de circulação assegurada. Segundo Jenner Iadroxitz, gerente comercial e estratégico da Magnani, o objetivo é instalar os postos em locais onde os condutores possam parar para se alimentar ou descansar enquanto carregam os veículos, por, no mínimo, 30 minutos (tempo para recarga parcial).
Por isso, as empresas buscam parcerias com estabelecimentos como restaurantes, cafés, lojas de conveniência, hotéis e supermercados. A primeira estação será instada no Café Tainhas, no distrito de mesmo nome de São Francisco de Paula. A estrutura de carregamento deve ser instalada até o final do ano. Outros pontos estão em negociação, como o restaurante Casa Fagundes, de Caxias do Sul.
Paulo Magnani, diretor-geral da Magnani Luz e Energia, pontua que entre os motivos que levaram a empresa a se envolver na mobilização para as estações de recarga elétrica está a necessidade de oferecer infraestrutura à frota além dos eixos urbanos.
— Se esses veículos elétricos não tiverem onde abastecer, ficarão confinados apenas ao perímetro urbano. Ou seja, apesar de ter certa autonomia, os carros ficariam restritos às áreas nas quais já estão instalados os carregadores. Com a rota, há condições de fazer trajetos mais longos, reabastecer e continuar a viagem, inclusive turística. Queremos garantir que o veículo elétrico não seja só urbano, mas usado em de viagens — argumenta.
* Colaborou Camila Silva