Na segunda-feira (16), o governo do Estado abriu o acesso a dados do braço de geração da CEEE, a última parte da estatal de energia a ser privatizada.
Conforme projeções do Piratini, o leilão de venda da CEEE-G deve ocorrer até dezembro.
A abertura do data room, como é chamado o processo, é o primeiro contato de potenciais interessados com detalhes financeiros e operacionais da companhia. A partir das informações colhidas nessa etapa, os candidatos podem pedir complementos à empresa.
Conforme o presidente da companhia, Marco Soligo, a venda da geradora vai demorar um pouco mais — antes, está previsto o leilão da Sulgás, por volta de outubro — porque havia pendências regulatórias e financeiras a resolver para elaborar o edital da CEEE-D.
Uma dessas questões é a situação dos projetos em que a estatal tem participação, mas não o controle. Isso ocorre, principalmente, com parques eólicos sob responsabilidade de Sociedades de Propósito Específico (SPEs) em que a CEEE tem fatias que vão de mais de 90% a menos de 10%. São 343,81 megawatts de geração envolvidos nessas parcerias.
A CEEE-G ainda tem cinco hidrelétricas, oito pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e duas centrais geradoras hidrelétricas (CGHs), que somam potência instalada de 909,9 megawatts (MW). As usinas hidrelétricas da CEEE, embora estejam com a manutenção em dia, são antigas, como a do Salto, no interior de São Francisco de Paula, como mostram as imagens.
Na segunda-feira (16), também foi homologado o resultado do leilão do braço de transmissão, a CEEE-T, que teve 66,08% das ações vendidas à CPFL por R$ 2,67 bilhões. O restante permanece, até agora, sob controle da Eletrobras.