As três maiores universidades do Estado — UFRGS, PUCRS e Unisinos — "entraram" no Instituto Caldeira. Estão assinando os convênios que servirão de base para atuar com esse instituto privado de inovação.
Não por acaso, essas universidades deram origem ao Instituto Caldeira, e agora devem participar ativamente de seu desenvolvimento.
— O Caldeira é o primeiro filhotinho do Pacto Alegre, que nasceu da Aliança para Inovação — lembra Alsones Balestrin, pró-reitor Acadêmico e de Relações Internacionais da Unisinos.
Segundo Balestrin, uma das possibilidades de integração é com as incubadoras das universidades. Empreendimentos de alunos costumam ficar abrigados por 12 meses para amadurecer nas estruturas universitárias. O Instituto Caldeira pode ser uma espécie de "fase evolutiva" desses negócios, inclusive encurtando a incubação, o que permitira atender a uma quantidade maior de candidatas a startups.
— Isso é importante para que esses empreendimentos não migrem para São Paulo, Rio ou outras cidades.
Outra linha de atuação conjunta, exemplifica Balestrin, é o desenvolvimento técnico-científico. O instituto não tem laboratórios para fazer testes e ensaios, mas as universidades contam com sofisticadas estruturas para necessidades mais precisas de pesquisa e desenvolvimento. Combinar interesse nessa área também é considerado estratégico.
E ainda existe outro interesse mútuo, tanto de universidades quanto o Caldeira: a atração e retenção de talentos. Com essa finalidade, podem ser desenvolvidas parcerias e cursos de forma conjunta. As empresas que hoje estão no Caldeira, diz Balestrin, tem cerca de 1,5 mil vagas em aberto e o perfil de colaboradores de que essas empresas precisam está escasso.
— A PUCRS fez esse convênio há 15 dias, hoje fomos nós (Unisinos) e a UFRGS. É uma etapa quase protocolar no marco do Instituto Caldeira. Na sequência, vamos desenvolver termos aditivos. para girar a roda de pesquisa e desenvolvimento com empresas.