Marta Sfredo

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A coluna online é um pouco diferente da GPS da Economia, de Zero Hora, que também assino. Aqui, cabe tudo. No jornal impresso, o foco é em análise dos temas que determinam a economia (juro, inflação, câmbio, PIB), universo empresarial e investimentos.

Negócios de futuro

Gaúchos se unem para criar "bolsa de valores de startups"

Plataforma de captação de investimentos que tem quebrado sucessivos recordes quer crescer

Marta Sfredo

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As sucessivas captações de recursos em tempo recorde registradas pela coluna acabaram fazendo a CapTable sonhar mais alto. A StartSe, que já participava da iniciativa, aumentou sua fatia para 40% e quer desenvolver uma bolsa de valores de startups.

Na origem do negócio, estão dois grupos de gaúchos, sócios tanto da CapTable, como Paulo Deitos e Guilherme Enck, como da StartSe, como Pedro Englert. Essa é uma das atividades que deve ser facilitada pela criação do real digital, em estudo no Banco Central.

 Agora com 40% da CapTable, a StartSe se torna sócia majoritária da plataforma de investimentos fundada em 2019. A proposta é permitir que investidores regulares, grupos de investidores-anjo, fundos e family offices (escritórios de gestão de patrimônio) possam adquirir cotas de participação em startups selecionadas em seus estágios iniciais, o que potencializa os ganhos.

Com o negócio, a StartSe espera encerrar o ano com R$ 100 milhões captados para 40 startups. Conforme Junior Borneli, CEO da StartSe, a empresa ensina todos os dias sobre o crescimento exponencial das startups, mas percebeu que poucos conseguiam efetivamente participar desse movimento.

— Queremos criar uma ponte moderna e democrática para que isso ocorra todos os dias. A CapTable será como uma bolsa de valores focada em startups —  afirma Borneli.

A CapTable é atualmente líder desse segmento, reunindo cerca de 4 mil investidores únicos e ao redor de 13 mil empresas cadastradas.  Em 2020, captou R$ 11 milhões para 11 empresas. Neste ano, até agora, ajudou a financiar 10, com cerca de R$ 15 milhões. 

A StarSe se reinventou na pandemia e, agora, redireciona seu radar para Miami. A cidade litorânea da Flórida está se tornando um novo polo de startups e já é chamada de Silicon Beach (Praia do Silício, em referência ao Vale, na Califórnia). Com a pandemia, empresários americanos passaram a trabalhar remotamente perto da praia e viram na  cultura, na comida e na localização um bom ambiente para o ecossistema das startups, especialmente da América Latina.

Além disso, a vacinação em massa fez empreendedores trocarem o Vale do Silício por Miami. O prefeito da cidade, Francis Suarez, está em campanha para que as empresas migrem, oferecendo redução de impostos. Será para lá que a StartSe organiza uma nova turma de imersão no segundo semestre. Vai levar 30 empreendedores para prospectar negócios.

Leia mais na coluna de Marta Sfredo

 


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