Na recomendação do conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) que encaminha a extinção da Ceitec, além da criação de uma Organização Social (OS) para manter o capital intelectual da empresa, está prevista outra possibilidade: a venda parcial ou total da outra parte da estatal, conhecida como "fábrica de chips".
Conforme o presidente do conselho de administração da Ceitec, Ronald Krummenauer, a privatização ou algum outro tipo de parceria pode ocorrer em qualquer momento até o final do processo de liquidação. Desde que exista algum interessado, é claro.
A decisão de liquidar, em vez de privatizar a estatal federal, como havia cogitado até o secretário especial de Desestatização, Salim Mattar, vem sendo alvo de críticas do segmento de microeletrônica e de entidades ligadas a pesquisa e desenvolvimento.
O processo ainda deve levar algum tempo, segundo Krummenauer. Estima que o decreto presidencial que deverá dar início ao processo de liquidação saia apenas em agosto. Pondera, porém, que tanto a criação da OS quanto a possibilidade de negociar partes da "fábrica de chips" são apenas recomendações do PPI, que podem ou não serem seguidas na elaboração da decisão final.