A pandemia de coronavírus já deixou dois processos de privatização no caminho. A Petrobras adiou os prazos para venda de oito refinarias, que inclui a Refap, de Canoas, e a Eletrobras confirmou, na última segunda-feira (30), que só deve ter avanço na oferta em 2021. No Rio Grande do Sul, outro ambicioso projeto inclui a realização do leilão do Grupo CEEE até o final do ano. Conforme o secretário de Meio Ambiente e Infraestrutura, Artur Lemos, até agora não previsão de adiamento:
– Continuamos avançando nos estudos e análises, sem alteração no cronograma até o momento.
A coluna quis saber se não haveria risco de o Estado obtivesse um preço menor pelas três empresas, já que a maior probabilidade é de oferta separada das áreas de distribuição, transmissão e geração.
– As avaliações de venda não foram objeto de exame ats agora. Serão realizados após o fim da pandemia, até porque fazer agora não terá leitura correta e, como estamos falando de setembro, temos tempo – ponderou Lemos.
O secretário admite, porém, que a situação é de elevada incerteza sobre o tamanho e a profundidade do impacto econômico do coronavírus. Portanto, prefere manter as análises que estão sendo desenvolvidas nesse período até que o cenário fique mais definido. Além do efeito da covid-19 na atividade econômica, será preciso levar em conta o comportamento de consumo – com a parada de muitas indústrias, a demanda por eletricidade despencou – e como o setor de energia vai se reorganizar quando tudo isso tiver passado.