Aberta há duas semanas, uma loja da Tea Shop na área de embarque do aeroporto Salgado Filho é o início de um projeto de expansão da rede. O gaúcho Michel Bitencourt, responsável no Brasil pela rede de franquias da marca de origem espanhola no Brasil, adianta que a intenção é estar nos principais terminais brasileiros até 2020.
Bitencourt explica que, com a crescente privatização dos terminais, a tendência é de que as áreas de circulação se transformem em shoppings, abrindo espaço para operações como essa. Desde 2016, a Tea Shop saltou de três unidades para quase 30 – desafiando até a impressão dos espanhóis sobre o mercado de chás no Brasil.
– Venho de uma família simples, para não dizer pobre. Comecei a trabalhar com 14 anos, atuei até como servente de pedreiro, em um período em que meu padrasto estava desempregado. Venho de uma história de muita luta. Aos 34 anos, depois de começar como assistente, havia chegado à gerência e queria fazer um MBA no Exterior – relata o empreendedor.
Na instituição escolhida, a EASA de Barcelona, na Espanha, precisava desenvolver um projeto. Admirava o que a Nespresso havia feito – transformado uma commodity em produtos aspiracional. Quando conheceu uma loja de chás, em Paris, pensou nessa alternativa. Quando apresentou aos professores, soube que havia algo semelhante. Era a Tea Shop. Aproximou-se para estudar, acabou se transformando no masterfranqueado no Brasil, não sem antes ter de mostrar o tamanho das prateleiras de chá nos supermercados brasileiros. A primeira unidade foi própria, no Iguatemi Porto Alegre. Para testar o modelo na rua, abriu a do Pátio Ivo Rizzo, no Moinhos de Vento.
– Tem gente que acha que a Tea Shop é gaúcha, porque começou aqui – brinca Bitencourt.