O Grupo Lala, que teria fechado a compra da Vigor, empresa de laticínios da J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, por R$ 5,7 bilhões, nasceu no México. O ponto de partida foi em 1949, com a criação da Unión de Productores de Leche de Torreón cidade no Estado de Coahuila, norte do país e foi seguido por uma série de incorporações e aquisições.
Em 2014, já havia flertado com tratativas em relação a unidades da BRF no Brasil, que acabou não se confirmando. Até por isso, embora representantes legais das duas empresas tenham dado informações sobre o fechamento do negócio, ainda não há confirmação oficial, nem por parte da Lala nem da J&F. Diante do retrospecto do grupo mexicano, há certa cautela sobre a concretização do negócio, mas até agora todas as informações iniciais sobre as vendas promovidas pelos irmãos Batista têm sido reiteradas.
Um dos aspectos que chamam a atenção sobre a transação é o apetite dos mexicanos, acuados pela política protecionista de Donald Trump, por negócios no Brasil e no Rio Grande do Sul. Há menos de um ano, a Femsa, também mexicana, comprou a gaúcha Vonpar, em transação também bilionária, estimada em R$ 3,5 bilhões. Bem antes, em 2008, o Grupo Bimbo havia comprado a gaúcha Nutrella, de Gravataí. As duas grandes companhias de alimentos, aliás, já atuaram em parceria no México, e agora poderão reativar esses contatos no Brasil.