Não foi só o supersaldo da balança comercial que marcou 2016. Depois de anos em que produtos industrializados perdiam mercado, enquanto os básicos ganhavam o mundo, o jogo virou.
No ano passado, houve concentração de queda na exportação de commodities e aumentos expressivos em manufaturados, como mostra o gráfico abaixo. Se o Rio Grande do Sul foi afetado pela perda na venda de tabaco, ganhou na reação dos embarques de calçados, com alta modesta de 3,5%.
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Uma exceção que interessa à produção gaúcha de básicos foi o crescimento de 15% na exportação de carne suína. A estatística do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços inclui plataformas de petróleo, mas como esse tipo de transação é raro, envolve alto valor e tem futuro incerto, ficou fora do levantamento.
A China, maior cliente do Brasil e do Rio Grande do Sul, diminuiu as compras em 1,2%, para US$ 37,4 bilhões, inclusive por menor demanda de soja em grãos, principal produto gaúcho.