Incerteza é uma palavra que ganhou espaço no vocabulário econômico durante a crise. Para tentar medi-la, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) lançou avaliação que contempla três campos: a frequência de notícias sobre o tema, previsões de empresas para taxa de câmbio e IPCA e volatilidade do mercado financeiro.
Divulgado pela primeira vez nesta sexta-feira, o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) subiu 5,6 pontos em novembro, a 126,4, depois de manter estabilidade em outubro e ter queda expressiva em agosto e setembro.
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– Além de novo, o assunto é relevante porque influencia outras variáveis – destaca o economista Pedro Costa Ferreira, do Ibre-FGV.
O especialista lembra que as incertezas no país são causadas por questões de diferentes áreas, como política, fiscal e jurídica. Segundo Ferreira, a nuvem de interrogações sobre a economia perdeu força logo após a confirmação da abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff, no primeiro semestre. No entanto, com a continuidade da turbulência política, o indicador subiu novamente.