Filho de chineses, o curitibano In Hsieh está atento à inovação no varejo desde o fim dos anos 1990. Formado em Administração pela Fundação Getulio Vargas (FGV), acumula experiências desde projetos esboçados em folhas em branco até gigantes internacionais. Participou da equipe do Submarino.com, foi co-fundador da startup Baby.com, que festejou ao receber R$ 40 milhões, e atuou na área de e-commerce da gigante chinesa Xiaomi, terceira maior fabricante de smartphones do mundo, avaliada em US$ 45 bilhões em 2014. Na próxima sexta-feira, In participará do CrieExp, na Univates, em Lajeado. Antes, falou à coluna a respeito da carreira e do cenário do varejo online. Confira os principais trechos abaixo.
De empresa em empresa
"Desde o fim da década de 1990, trabalhei em várias empresas em busca de desafios. Em companhias consolidadas, as funções não mudam tanto. Em startups, é diferente. Talvez uma tarefa de hoje não seja necessária amanhã. A Xiaomi, mesmo grande, é uma empresa jovem. Tem seis anos e quer entender os desafios do Brasil. Entrei na companhia porque buscava minha primeira experiência em uma companhia chinesa. A Xiaomi é uma marca que vende diretamente para o consumidor final. Foi um desafio bastante interessante."
Leia mais
Panvel abre loja em São Paulo porque rede é "falada e desejada"
Para inovar, é preciso unir os pontos, avalia Hitendra Patel
Dinheiro digital
"O e-commerce vem mantendo crescimento real no Brasil, mas tem penetração pequena frente às vendas do total, em torno de 3,5% a 4%. Ou seja, há uma diferença muito grande a ser buscada. Mas as empresas têm de entender que o movimento não é apenas de migração da loja física para a internet. O cliente precisa olhar para a marca e ver que é tratado como único. Existem novos modelos de e-commerce. Há indústrias vendendo direto para consumidores. Outras apostam na comercialização de produtos de marcas próprias. Há muitas novidades pela frente."
Inovação gaúcha
"No Rio Grande do Sul, há empresas que surgem e ganham destaque. Quando há startups assim, os talentos podem ficar na região em que as companhias nasceram. Isso garante que as pessoas não sejam obrigadas a buscar empregos em outros lugares."