Os anúncios que começaram a ser publicados na segunda-feira pela Oi para reforçar a mensagem aos clientes de que a empresa segue com as operações normais, apesar da bilionária recuperação judicial, abrem uma outra fase da companhia na tentativa de se reerguer. Ao mesmo tempo em que se dedica a renegociar a dívida de R$ 65,4 bilhões com os credores, começa uma ofensiva comercial para captar novos clientes.
A estratégia não será baixar o preço dos produtos, garante o diretor nacional de varejo da telefônica, Bernardo Winik, mas sim oferecer mais vantagens, como pontos adicionais no combo e velocidade maior da internet em planos específicos.
– Queremos tornar nossas ofertas mais agressivas – diz.
O alto endividamento também deixou a Oi tecnologicamente defasada em relação às outras empresas devido à falta de investimentos. Por isso, outro esforço é direcionado à discussão de obrigações relacionadas à concessão. O uso cada vez menor dos orelhões pelos consumidores, por exemplo, se tornou um peso para a companhia, que precisa mantê-los por obrigação.
– A manutenção dos orelhões custa cerca de R$ 300 milhões e nos dá de receita de R$ 5 milhões a R$ 10 milhões. Se faziam sentido, não fazem mais. A revisão dessas necessidades pode fazer com que tenhamos mais recursos para investir em coisas que retornem mais à sociedade, como a oferta de banda larga – ilustra o executivo.
*Interino da coluna +Economia. A titular, Marta Sfredo, está em viagem.