Marta Sfredo
Havia muita expectativa sobre o pronunciamento – que virou entrevista – da presidente Dilma Rousseff depois da aprovação da admissibilidade do impeachment na Câmara dos Deputados, mas o que mais surpreendeu, no final da tarde desta segunda-feira, foi a forma, não o conteúdo. Com palavras escolhidas – fortes para o vice Michel Temer e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, serenas para descrever a intenção de lutar para preservar o mandato –, Dilma não descartou medidas judiciais contra o impeachment, mas não sinalizou mudanças substanciais para as projeções de fácil aprovação do processo no Senado. Sobre economia, foi perguntada e respondeu sem muitos detalhes, acenando apenas com um vago “rearranjo do governo”.
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