Assim que foram confirmadas as demissões no Grupo CEEE, Jorge Bastos, presidente do Sinergisul – que representa a categoria mais afetada pelos cortes, a dos eletricitários –, manifestou-se sobre a iniciativa. Afirmou que o processo vai terminar com muitas reintegrações determinadas pela Justiça do Trabalho. Na avaliação do sindicalista, não houve acordo sobre a forma dos cortes por resistência da CEEE em aceitar o pedido para que as demissões fossem voluntárias.
– Isso é demissão em massa – disse Bastos.
O Grupo CEEE tem cerca de 4,2 mil funcionários, dos quais cerca de 190, conforme a direção da empresa, e exatos 192, segundo Bastos, serão desligados. A empresa diz que os cortes são necessários porque a empresa está em ''grave situação econômico-financeira''. Conforme o Sinergisul, o número de demissões e o fato de envolver funcionários concursados – ou que adquiriram status semelhantes pelo fato de a CEEE ser uma sociedade de economia mista – serão os principais argumentos para requerer as reintegrações.
– Quem paga mal, paga duas vezes. A empresa não sabe o que virá da Justiça do Trabalho, pode ser um monstro, o que repetirá a história de passivos trabalhistas da CEEE. Como é um processo que demora dois anos e meio ou três, será problema da próxima gestão.