É inegável que o Grêmio teve lampejos de bom futebol nos três jogos sob comando de Vagner Mancini. Além da vitória sobre o Juventude na estreia, o Tricolor repetiu o roteiro nas partidas contra Atlético-GO e Palmeiras: bons primeiros tempos, mas derrota no final. O que foi predominante nessa sequência, que vem ocorrendo até antes de Mancini, é o alto número de gols sofridos.
Lá no dia 19 de setembro, o Grêmio obtinha uma vitória surpreendente diante do Flamengo de Renato Portaluppi em pleno Maracanã. Gol de Borja e três pontos importantíssimos para um time que demonstrava, naquele momento, uma reação para sair da zona de rebaixamento.
O Tricolor não reagiu, é verdade, e aquele confronto marcou a última vez que o time passou por uma partida sem sofrer gols do adversário. O tempo passou. Luiz Felipe Scolari deu lugar a Vagner Mancini. Foram realizados oito jogos no período, e a estatística assusta: a zaga foi vazada 17 vezes.
São muitos os problemas do Grêmio nessa reta final de Brasileirão. Dá pra escolher um e analisar. No entanto, o baixo rendimento defensivo da equipe passou a ser um ponto crônico, ainda mais por conta da nítida fragilidade mental dos jogadores ao sofrer gol.
O desafio do Grêmio será estancar essa série negativa justamente contra o líder do campeonato, o Atlético-MG, dono de um dos melhores ataques da competição, com 44 gols. Na temporada 2021, o Galo soma 107 gols marcados em 63 partidas (média de 1,7 por jogo). Somente um clube balançou as redes mais vezes no futebol brasileiro: Flamengo, com 134 gols.
Série negativa da zaga gremista:
- Athletico-PR 4x2 Grêmio
- Grêmio 1x2 Sport
- Grêmio 2x2 Cuiabá
- Santos 1x0 Grêmio
- Fortaleza 1x0 Grêmio
- Grêmio 3x2 Juventude
- Atlético-GO 2x0 Grêmio
- Grêmio 1x3 Palmeiras
Total: 17 gols sofridos em 8 jogos