Nunca o discurso do jogo a jogo fez tanto sentido. A expressão frequentemente utilizada no futebol deve nortear a vida do Inter até o final do Campeonato Brasileiro. Para chegar na Libertadores do ano que vem, o time precisa de um aproveitamento acima do líder Botafogo. É muito difícil, mesmo que Fluminense e Fortaleza ganhem Libertadores e Sul-Americana, respectivamente. A tendência é não conseguir a vaga. Alimentar essa possibilidade pode criar uma ideia de fracasso ainda maior.
É claro que a ausência colorada na Libertadores do ano que vem já indica que 2023 foi um ano ruim. Na mesma temporada o Inter sequer chegou à final do Gauchão e caiu de forma precoce da Copa do Brasil. O desafio nas últimas 12 rodadas do Brasileirão é somar o maior número de pontos possível e tratar cada jogo como uma decisão. Se não alcançar uma das seis primeiras vagas, terá sido pela pontuação atrasada até agora, pelo começo ruim e a atenção dividida com a Libertadores.
Até o final do ano, além de não desperdiçar pontos, o Inter terá de fazer diagnósticos sobre erros e carências na atual temporada. Precisa ter clareza da carência de reposições no grupo, por exemplo. E, acima de tudo, ter o cuidado para que o fracasso no final do campeonato não seja ainda maior.